14 de dezembro de 2010

Materiais da sessão de dia 13 de Dezembro de 2010 " A educação global na formação de professores e animadores

Como prometido na sessão de dia 13 de Dezembro de 2010 sobre "A Educação Global na Formação de Professores e Animadores" o Marcos Andrade, do Centro Norte Sul, disponibilizou-nos os materiais que ele utilizou ao longo da sessão e que podem ser ferramentas úteis para começar multiplicadores da Educação Global.



UNFPA -Estimativa da população mundial em tempo real [enquanto estou a escrever somos 6.886.060.059 belissimos seres humanos - ai não, somos 6.886.060.178].

Nelson Mandela explica UBUNTU.

 

Manuais do COE em várias línguas em pdf disponíveis aqui e ainda aqui [e também na biblioteca da ESELx, obrigado Marcos e Miguel].

Link para o Googledocs das cábulas do jogo da distribuição das pessoas e das cadeiras.

Obrigado!

Centro Norte-Sul do Concelho da Europa - Introdução ao Programa Educação Global

O mandato do Centro Norte-Sul do Conselho da Europa consiste em delinear um quadro de
trabalho para a cooperação europeia com o objectivo de sensibilizar instituições, organizações e a sociedade civil acerca dos temas mais importantes no âmbito da interdependência global e de promover políticas de solidariedade tendo em conta os objectivos e princípios orientadores do Conselho da Europa, respeitando os direitos humanos, a democracia, a boa governação e a
coesão social.
 
O objectivo do Centro Norte-Sul do Conselho da Europa no que à Educação Global diz respeito, é contribuir para o desenvolvimento, o fortalecimento e a sustentabilidade de estratégias e para a construção de capacidades para a educação global, tendo como alvos as instituições e especialistas que trabalham neste campo – seja inserido no sistema educativo formal como no não-formal. Este trabalho assenta na convicção de que a educação global é uma “educação holística que abre olhos e mentes e alerta consciências para as realidades do nosso mundo e que, ao mesmo tempo, sensibiliza os indivíduos para a construção de um mundo com mais justiça, equidade e direitos humanos para todos. De acordo com esta perspectiva, “a Educação Global abrange a Educação para os Direitos Humanos, a Educação para a Sustentabilidade, a Educação para a paz e Prevenção de Conflitos e a Educação Intercultural. É na realidade a dimensão global da chamada Educação para a Cidadania ou Educação Cívica”, que fortalece uma tomada de consciência pública acerca do desenvolvimento sustentável e permite a aquisição de conhecimentos e competências para compreender, participar e interagir criticamente com a sociedade global.
 
NORTH-SOUTH CENTRE OF THE COUNCIL OF EUROPE

O Centro Norte-Sul tem colaborado com educadores na compreensão e implementação de
iniciativas sobre educação global tendo como base documentos de referência e instrumentos
pedagógicos tais como a Carta de Educação Global (1997) e o Guia Prático para a Educação
Global (2010), versão Portuguesa disponível, assim como documentos de cariz estratégico como a Declaração de Maastricht: um quadro teórico para fortalecer e expandir a Educação Global na Europa até ao Ano 2015 (2002). O NSC reforçou as suas iniciativas no que toca à
planificação de políticas tendo em conta o início do processo de redacção de uma recomendação – Recomendação para uma Educação sobre a Interdependência Global: construindo uma cidadania global baseada nos direitos humanos e nas responsabilidades – que culminaria na sua adopção pelo Conselho de Ministros do Conselho da Europa em finais de 2011.
 
A introdução da publicação Guia Prático para a Educação Global, um manual pedagógico para
educadores com o objectivo de facilitar a compreensão e a implementação da educação global,
complementado com o curso de formação on-line, oferecido três vezes por ano (Cursos de
Primavera, Verão e Outono) reforçaram indubitavelmente a dimensão do programa de Educação Global do CNS na construção de capacidades dos seus participantes.
 
No que diz respeito à construção de capacidades, o Programa para a Juventude do NSC organiza anualmente a Universidade para a Juventude e Desenvolvimento (Mollina, Espanha), um espaço para debates, formação, troca de experiências e a concretização de ideias no âmbito da Cooperação Global da Juventude. Inspirada na experiencia de Mollina, foi criada em 2004 uma universidade com objectivos semelhantes no Uruguai e que trata particularmente o tema da cidadania participativa. Seguindo o exemplo da experiência de Mollina, foi igualmente criada em 2009 a Universidade Africana para a Juventude e Desenvolvimento, em Cabo Verde, adoptando estratégias recomendadas na Cimeira Euro-Africana da Juventude de 2007, assegurando a presença de jovens líderes africanos e europeus em actividades de treino e planificação de políticas educativas.
 
Paralelamente às actividades mencionadas, o Centro Norte-Sul desenvolve um mecanismo de
construção de redes para os “experts” e para os participantes dos seus programas com o objectivo de partilhar estratégias e práticas para aprofundar e aperfeiçoar a Educação Global nos Estados-Membros do Conselho da Europa e no resto do mundo.
 
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Miguel Silva – Coordenador Programa Educação Global - miguel.silva@coe.int
Tel.: +351 213 584 042
 
Marcos Andrade – Coordenador Programa Juventude – marcos.andrade@coe.int 
Tel: + 351 213 584 039
Fax: +351 213 584 072

10 de dezembro de 2010

Divulgação da Sessão Pública dia 13 de Dezembro

 Ilustração Pasconista, 2010

O conceito de parceria e de cooperação

O significado de “parceria” é uma relação de colaboração entre duas ou mais pessoas com vista à realização de um objectivo comum. Cooperação significa operar simultânea ou colectivamente; colaborar. (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).
A cooperação técnica internacional constitui importante instrumento de desenvolvimento, auxiliando um país a promover mudanças estruturais nos seus sistemas, como forma de superar restrições que tolhem seu natural crescimento. Os programas implementados sob sua égide permitem transferir conhecimentos, experiências de sucesso e sofisticados equipamentos, contribuindo assim para capacitar recursos humanos e fortalecer instituições do país receptor, a possibilitar-lhe salto qualitativo de carácter duradouro.
Os projectos de cooperação técnica produzem benefícios em importantes sectores como transportes, energia, mineração, meio ambiente, agricultura, educação e saúde, o que permite construir instituições mais sólidas, aptas a desempenhar suas funções em nível superior de excelência.
O conceito de “parceria para o desenvolvimento” consolida a ideia de a relação de cooperação acarretar, a ambos os lados envolvidos, a partilha de esforços e benefícios. As iniciativas propostas são avaliadas à luz do impacto e do alcance sobre as comunidades receptoras. Esse procedimento implica aprimorar mecanismos de negociação, avaliação e gestão dos projectos, a fim de enquadrá-los às prioridades do país.
A cooperação técnica internacional desperta grande interesse num amplo segmento da sociedade, incluindo sectores governamentais e o público em geral, por possibilitar um acesso mais ágil a tecnologias, conhecimentos, informações e capacitação.
A cooperação para o desenvolvimento teve início em 1957, estabeleceu-se o primeiro Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) para as ex-colónias e territórios ultramarinos. Este predominou como prova disso temos o Tratado de Roma e outras obrigações internacionais como a Convenção sobre a ajuda alimentar beneficiando sobretudo africanos. Desenvolveu-se depois a ajuda e cooperação com a América Latina e a Ásia, bem como protocolos com os países do sul do Mediterrâneo.
Aprofunda-se a cooperação financeira e técnica para infra-estruturas e desenvolvimento rural, diversificando-se os instrumentos e mecanismos de cooperação. A UE passou a dispor de três instrumentos para atingir os seus objectivos: o diálogo político, o comércio e a cooperação para o desenvolvimento em sentido estrito.
Segundo Maria Manuela Afonso é durante os anos 90 que as políticas e práticas da cooperação para o desenvolvimento se integraram gradualmente no novo quadro de desenvolvimento global tendo como objectivo central a redução, e, se possível, a erradicação da pobreza.
A mesma refere que a base legal, os objectivos e princípios para a cooperação para o desenvolvimento da UE são estabelecidos, pela primeira vez, em 1992, no Tratado de Maastricht (os quais se manterão, em linhas gerais, nos Tratados de Amsterdão e Nice). Nele se estabelece (Título XVIII, Art. 139U a 130Y) que a política da Comunidade na esfera da cooperação para o desenvolvimento deve: “i) apoiar o desenvolvimento económico e social dos países em desenvolvimento (PED), em particular os mais desfavorecidos; ii) promover a integração harmoniosa dos PED na economia mundial; e iii) lutar contra a pobreza”.
O Tratado refere que a política da Comissão Europeia (CE) deve contribuir para o objectivo geral de desenvolver e consolidar o primado da lei e o respeito pelos Direitos Humanos e liberdades fundamentais nos países terceiros, deve ser complementar da dos EM e promover a coordenação e a coerência (os designados 3C).
As motivações subjacentes aos modelos de programas de cooperação são: preocupações políticas e de segurança; considerações económicas e estratégicas; motivações humanitárias e de solidariedade.
Grupo  SARPIDON

A diversidade Étnica e os Direitos Humanos no Conselho da Europa

Diversidade étnica no Conselho da Europa
Em 2007, o Conselho da Europa e a UNESCO organizaram uma reunião de peritos em Paris, para explorar questões relacionadas com a educação infantil para os ciganos e comunidades de viajantes visando conduzir a uma transição bem sucedida para o ensino primário.

O Conselho da Europa desenvolveu um kit de ensino pré-escolar, um programa educativo destinado a preparar as crianças para a entrada na escola, uma vez que, por diversas razões, muitas crianças nunca frequentaram a creche. O kit pedagógico ajuda a facilitar a adaptação emocional e social conduzindo ao desenvolvimento intelectual das comunidades ciganas através da construção de uma ferramenta educacional para crianças entre as idades de 5 a 7. Este auxílio educativo ajuda as crianças a desenvolver as competências básicas necessárias para iniciar o ensino fundamental, aprender a estudar. Permite educar os pais sobre a necessidade de conhecimento, melhorar o raciocínio analítico e encorajar a sua imaginação. O kit de ensino está disponível em CD-Rom com fichas para as actividades individuais e um manual metodológico para o professor e / ou mediador.

Muitas das actividades do Conselho da Europa são feitas em parceria co organizações da sociedade civil e/ou outras instituições internacionais como por exemplo a UNESCO.

Respeito pelos direitos humanos no Conselho da Europa
Os valores que o Conselho da Europa defende são: a democracia, o respeito pelos direitos humanos e a importância do Estado de direito. Estes fazem parte de um pós-Holocausto onde se conjugam interesses com vista a um trabalho preventivo que garanta a construção de uma sociedade europeia que se esforça para aprender a respeitar a igual dignidade de todos, graças a, entre outras coisas, o diálogo intercultural.

Com base no "Dia de Recordação do Holocausto e de Prevenção de Crimes contra a Humanidade", pretende-se desenvolver e estabelecer firmemente o ensino desta matéria na Europa.

Tudo deve ser feito na esfera educacional para prevenir a repetição ou a negação de os efeitos devastadores que marcaram o século do Holocausto, de forma a banir definitivamente o genocídio e outros crimes contra a humanidade (limpezas étnicas e violações maciças dos direitos humanos e dos valores fundamentais).

A dimensão interdisciplinar intrínseca à abordagem para a prevenção de crimes contra a humanidade é muito abrangente, desde a História à Literatura, Psicologia, Educação cívica, Arte, Linguagem, Biologia, Física e Desporto.

Através do estudo do Holocausto conduzem-se as sociedades a uma tomada de consciência das vítimas de crimes contra a humanidade (judeus, ciganos, membros da Resistência, políticos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, pessoas com deficiência).
Grupo  SARPIDON

O Outro e a Educação para a Cidadania no Conselho da Europa

A Educação para a Cidadania no Conselho da Europa
Um bom exemplo do trabalho que se tem desenvolvido nesta matéria é o Projecto Educação para a Cidadania Democrática e para os Direitos Humanos (ECD/DH) do Conselho da Europa, o qual visa um conjunto de práticas educativas, formais ou informais, que têm como finalidade preparar os jovens e os adultos para a vida numa sociedade democrática contribuindo para que sejam cidadãos activos, informados e responsáveis. A ECD/DH inclui as diferentes temáticas que emergem dos desafios contemporâneos das nossas sociedades, nomeadamente a educação para a cidadania, a educação para os direitos humanos, a educação para a paz, a educação para o desenvolvimento sustentável e a educação para os media. A sua abordagem enquadra-se numa perspectiva multidimensional e de educação ao longo da vida e destina-se a todos os que se encontram envolvidos em processos educativos: professores, alunos, encarregados de educação, responsáveis por estabelecimentos escolares, técnicos de educação, decisores políticos, membros e dirigentes, formadores e animadores de organizações não governamentais.

A Imagem do Outro no Ensino da História no Conselho da Europa
A natureza cada vez mais multicultural das sociedades europeias dá novo significado ao ensino de história e exige, ao mesmo tempo, uma revisão profunda dos seus objectivos e métodos, dando especial atenção às formas de desenvolver multi-perspectivas.

Com vista a propor as directrizes gerais para o desenvolvimento do ensino da História, lançou-se um projecto tentando integrá-lo no conjunto do trabalho do Conselho da Europa sobre o diálogo intercultural.

Os objectivos deste Projecto visam promover, por meio de medidas de política educativa e de estratégias propostas e métodos, uma abordagem para o ensino e a aprendizagem da história que reflecte a crescente diversidade cultural e religiosa das sociedades europeias. Contribuindo para a reconciliação, o reconhecimento, a compreensão e a confiança mútua entre diferentes culturas e visões e superar os estereótipos e preconceitos, promovendo os valores da tolerância, abertura e respeito pelos outros, os direitos humanos e a democracia.

A Educação intercultural no Conselho da Europa
Tal como nos apresenta a página do Conselho da Europa o grande desafio da Educação Intercultural: Diversidade e Diálogo Religioso na Europa é um novo projecto lançado pelo Comité Director para a Educação (CD-ED). Este visa sensibilizar os decisores, educadores e professores sobre as implicações da dimensão religiosa da educação intercultural. Pretende também chamar a atenção para exemplos de experiências positivas e de novos métodos e abordagens em educação intercultural, em geral, tanto em actividades curriculares e extra-curriculares.

Em 2004, o projecto tornou-se parte do programa "Construir sociedades estáveis e coesas" do Programa Intergovernamental de actividades, trabalhando lado a lado com os projectos "o diálogo intercultural e a prevenção de conflitos" gerido pelo Comité de Direcção da Cultura e do projecto "Juventude construção da paz e do diálogo intercultural", gerido pela Direcção do Comité Europeu para a Juventude.

Seu principal objectivo é propor a introdução de princípios comuns europeus para a gestão da diversidade na escola, no que diz respeito à formação inicial de professores, prática profissional e das próprias escolas. Foi concebido em três fases principais: definição da diversidade e orientações comuns, levantamento e análise comparativa dos dados colectados e discussão de possível recomendação sobre os professores de educação baseado no recente trabalho do Conselho da Europa e da situação actual nos Países membros.
Grupo  SARPIDON

Formação, Ensino Superior e Diversidade Linguistica no Conselho da Europa

Diversidade Linguística no Conselho da Europa
O Conselho da Europa desenvolve actividades no domínio das Línguas há mais de quarenta anos com vista a apoiar e promover o multilinguismo nos seus Países membros e a favorecer o plurilinguismo dos cidadãos. O enriquecimento de toda a vida do repertório linguístico e cultural do indivíduo - com o objectivo de permitir aos europeus a interacção em um número de diferentes línguas e contextos culturais.

Esses programas são coordenados por duas instâncias complementares: a Divisão das Políticas Linguísticas em Estrasburgo e o Centro Europeu para as Línguas Vivas em Graz.

Ensino Superior e Investigação no Conselho da Europa
Conforme consta na página do Conselho da Europa (COE) as actividades do COE no domínio do ensino superior e de pesquisa giram principalmente em torno dos seguintes eixos: o reconhecimento das qualificações, a responsabilidade pública pelo ensino superior e pesquisa, a governança do ensino superior e outras áreas relevantes para a criação de um Espaço Europeu do Ensino Superior até 2010. 

Na Noruega, foi criado o European Wergeland Centre (EWC) com recursos em educação para a compreensão intercultural, os direitos humanos e a cidadania democrática. 

O Centro está aberto a todos os membros do Conselho da Europa e dos principais grupos-alvo: professores, educadores, políticos e simpatizantes da multiplicidade no domínio da educação para a compreensão intercultural, dos direitos humanos e da cidadania democrática nos Estados membros do Conselho da Europa. 

É também papel deste Centro a disseminação de informações servindo como plataforma e ponto de encontro para investigadores, professores, profissionais da formação, políticos e outras partes interessadas.

Programa de formação para profissionais de educação no Conselho da Europa
No sentido de promover o intercâmbio de professores e outro tipo de profissionais de educação (educação básica e ensino secundário) dos diferentes Estados signatários da Convenção Cultural Europeia, existe um Programa de Formação do Conselho da Europa - O Programa Pestalozzi. 

No âmbito deste Programa organizam-se workshops e seminários de formação contínua de curta duração (entre 3 a 5 dias). O mesmo oferece aos profissionais de educação a oportunidade de participar:
  • em workshops europeus organizados num dos Estados signatários;
  • em seminários europeus organizados pelo Conselho da Europa (COE) em estreita cooperação com as autoridades alemãs.
A frequência destes eventos de formação contínua oferece aos profissionais de educação a possibilidade de:
  • se familiarizarem com o trabalho do COE no domínio da Educação;
  • participarem numa experiência multicultural;
  • trocarem ideias, informações e material pedagógico com colegas de outros países;
  • assumirem o papel de multiplicadores, informando colegas e outros agentes. 
Esta pequena abordagem ao tema Políticas de Parceria e Cooperação dá-nos uma visão genérica da importância do tema para o desenvolvimento do mundo. Numa perspectiva estruturante com o envolvimento institucional dos vários países é possível contribuir significativamente para o bem da HUMANIDADE.
Grupo  SARPIDON

8 de dezembro de 2010

Informação e Aconselhamento dos Jovens ERYICA

ERYICA (European Youth Information and Counselling Agency) é uma associação internacional sem fins lucrativos, criada em 1986, que visa assegurar uma coordenação europeia e representação em matéria de informação e aconselhamento dos jovens e desenvolver uma rede europeia de informação dos jovens e serviços de aconselhamento.

O Conselho da Europa (sector da juventude) assinou um acordo de parceria com a Agência ERYICA e desde 1997 que estão a cooperar no âmbito desse mesmo acordo, para promover e desenvolver a cooperação europeia em matéria de informação e aconselhamento, especialmente através da organização de acções de formação para profissionais da área de informação e aconselhamento de jovens.  

Em particular, a cooperação visa:
  •  Promover e desenvolver o trabalho a nível europeu no domínio da informação dos jovens e de aconselhamento;
  • Promover a igualdade de acesso à informação que os jovens necessitam;
  •  Facilitar e organizar acções de formação para as pessoas envolvidas em informação e aconselhamento dos jovens para garantir um alto padrão de serviço;
  •  Atender os pedidos nesse campo de todos os Estados membros do Conselho da Europa e outras partes contratantes da Convenção Cultural Europeia, nomeadamente os países da Europa Central e Oriental.

Para atingir estes objectivos, um Comité de Coordenação foi criado com a seguinte composição: três representantes dos CDEJ, três representantes de ERYICA e um representante do Conselho Consultivo da Juventude.

A coordenação do Comité é responsável pela elaboração e supervisão do programa anual da parceria. O programa de actividades da parceria inclui uma ou duas reuniões anuais da Coordenação Comité Misto, pelo menos uma actividade anual que reúne diferentes actores (profissionais e decisores políticos) a partir do domínio de informação dos jovens (seminários, formações, etc.), a realização de estudos e publicações.
Grupo ADENAUER

Co-Gestão no Conselho da Europa

A Europa empenha-se para reunir representantes de comités de organizações juvenis não-governamentais a fim de trabalhar o sector da juventude e fazer recomendações para os próximos orçamentos e programas estatais. Nestas reuniões de estreitamento de relações entre governo e juventude reúnem-se também representantes de ministérios de quarenta e nove estados.

Um dos comités mais conhecidos é o de programação da juventude. Este estabelece, monitoriza, e avalia os programas dos centros europeus para a juventude e do fundo europeu da juventude. 

Um dos exemplos dos efeitos dessas reuniões europeias é a acção do Conselho da Europa (COE) em Kiev, na Ucrânia, onde o COE se comprometeu a promever activamente o desenvolvimento de políticas de juventude para a integração dos jovens na sociedade, fornecendo-lhes todas as condições através do Plano de Acção do Conselho da Europa.

O Conselho da Europa (politicas da juventude), que inclui tanto crianças como os jovens, salienta a importância do acompanhamento do Plano de Acção adoptado em Varsóvia, em particular a campanha juventude sobre a diversidade, direitos humanos e participação "Todos diferentes, todos iguais", bem como o programa "Construir uma Europa para e com as crianças".
Deve-se, contudo, ter em conta as acções políticas para a juventude que são os direitos humanos e democracia; vivendo juntos em diversas sociedades e a inclusão social dos jovens.

Estas prioridades são baseadas nas abordagens dos Direitos humanos e democracia e nas Política de cooperação.

Em conclusão, estas reuniões têm como principal finalidade a construção e a complementação das políticas de juventude e o apoio à participação dos jovens e organizações de juventude para a implementação das prioridades incluídas no mesmo, nos níveis local, regional, nacional e europeu.

É ainda de salientar, o incentivo e apoio ao desenvolvimento da mobilidade dos jovens, actividades de voluntariado e intercâmbios tanto na Europa como entr esta e outros países do mundo.

Para melhor se compreender como é feita a co-gestão na área da juventude do Conselho da Europa observe o seguinte esquema: 
Grupo  SPINELLI

Centro Europeu da Juventude de Estrasburgo

O Centro Europeu da Juventude Estrasburgo (CJEs) foi fundado em 1972, em França (localizado a poucos minutos do centro da cidade), para a implementação do Conselho da Europa numa política de juventude, localizando-se no distrito europeu de Estrasburgo, a poucas centenas de metros do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e do Parlamento Europeu. Este Centro Europeu é a sede do secretariado da Direcção da Juventude e do Desporto, incluindo o Fundo Europeu da Juventude e o Fundo Europeu para a Solidariedade e Mobilidade dos Jovens.

O Centro Europeu para a Juventude de Estrasburgo oferece um conjunto de instrumentos que fomente a participação de jovens europeus na construção da própria Europa. Para tal, realiza-se um programa anual de sessões de estudo e outras actividades, tais como colóquios e similares que abordam temas e assuntos de interesse comum, realizadas em cooperação com parceiros governamentais e não-governamentais. Tais actividades proporcionam a reflexão dos princípios de co-gestão e parceria com os jovens e respectivas organizações, que estão no centro da política de juventude do Conselho da Europa.

Esta modernização da acção pública europeia assenta em cinco princípios fundamentais: abertura, participação, responsabilidade, eficácia e coerência.
É no sector da juventude que estes princípios deverão aplicar-se por excelência.

Uma vez que o Centro Europeu da Juventude desenvolve várias acções para jovens e pretende poder alcançar o maior número de jovens possível, em 2008 foi renovado e encontra-se de acordo com as normas de segurança. Pode actualmente receber até 90 hóspedes em simultâneo, após ter aumentado o número de quartos, sala de conferências e também a área de restauração.

Este centro tem a oportunidade de proporcionar um espaço especial para reuniões, seminários e diferentes cursos, com alojamento e lugar de refeição, sendo a maioria de usufruto gratuito.

O Centro Europeu da Juventude em Estrasburgo tem grupos externos que organizam actividades no CJEs, correspondendo aos objectivos e campos de trabalho do Conselho da Europa.

Pergunta: Ao analisarmos os principais princípios do CJE, percebemos que são realmente importantes em diferentes contextos de intervenção. Contudo, gostaríamos de saber qual a tua interpretação dos respectivos princípios enquanto Animador(a) Sociocultural.
Grupo ERASMUS

7 de dezembro de 2010

Centro Europeu da Juventude Budapeste

O que é o Centro Europeu da Juventude de Budapeste?
Fazem parte da Direcção da Juventude e do Desporto do Conselho da Europa três importantes instrumentos de política de juventude:
  • Centro Europeu para a Juventude em Budapeste (EYCB); 
  • Centro Europeu para a Juventude em Estrasburgo (CEJ); 
  • Fundo Europeu da Juventude (FEJ).
O Centro Europeu da Juventude Budapeste, aberto em 2000, é um dos dois estabelecimentos de ensino residencial do Conselho da Europa, completamente dedicado à educação não formal de jovens formadores, dirigentes e animadores (pode haver exceções em termos de idade, mas não mais que 25% em cada acção de formação).

A Direcção dá prioridade à educação e aos direitos humanos (que é coordenada a partir do EYCB 2000). Esta temática é uma das que assume maior relevo desde a criação do Conselho da Europa em 1949.
O EYCB tornou-se um centro de conhecimento sobre educação em direitos humanos na Europa e oferece formações e possui uma série de recursos educativos, bem como contactos e redes que actuam neste campo.
Entre os recursos destacamos "Compass - um manual para educação em direitos humanos com os jovens" (traduzido para português com o título Farol e vendido pela Humana Global) é a ferramenta central educativa do programa utilizado em toda a Europa.

Como um serviço da Direcção da Juventude e Desportos, o EYCB defende:
  •      o respeito à autonomia dos jovens;
  •      o incentivo activo de participação e de responsabilidade compartilhada;
  •    a aprendizagem intercultural, a educação em direitos humanos;
  •    a co-gestão de programas educacionais e instalações; 
Quais os objectivos do Centro Europeu da Juventude Budapapeste?
Desde o seu início, o perfil dos programas de actividade do EYCB tem como objectivo especial promover a educação em direitos humanos com/e para jovens. O seu objectivo principal é promover a unidade do continente e garantir a dignidade dos seus cidadãos, assegurando o respeito pelos seus valores fundamentais: direitos humanos, a democracia pluralista e o Estado de Direito. O Conselho da Europa trabalha em criar soluções para grandes problemas da sociedade europeia, como o racismo, a intolerância, a discriminação contra as minorias, a desigualdade, a exclusão social, abuso de drogas, a corrupção e o crime organizado.

Actividades do EYCB
O programa e a política do sector da juventude do Conselho da Europa são desenvolvidos em estreita cooperação com os parceiros governamentais e não-governamentais e lidar com a participação dos jovens, a coesão social, diálogo intercultural e educação em direitos humanos.
O EYCB acolhe cerca de 140-150 atividades por ano. Cerca de metade dessas atividades fazem parte do programa anual da Direcção da Juventude e Desportos: cursos de formação, sessões de estudo, reuniões de consulta e simpósios que tratam com o desenvolvimento da juventude e da juventude na Europa. Para a outra metade do programa, o EYCB abriga uma diversidade de actividades que estão também em consonância com os objectivos do Conselho da Europa. Essas actividades incluem reuniões, conferências, sessões de formação, executadas por numerosos outros serviços e direcções do Conselho da Europa, Instituições Governamentais, Embaixadas localizadas na Hungria, Agências da União Europeia, projectos de cooperação com outras organizações internacionais, organizações da Hungria e ONGs europeias. Em consonância com o carácter fundamental do Centro, a maioria das actividades são de natureza multilateral (ou seja, envolvem pelo menos 4 países). 

Qual pensas ser a importância deste Centro Europeu na Educação de um jovem animador a nível pessoal e profissional?
Grupo ZEUS

Prioridades em Termos da Juventude 2010-2012

Desenvolver cooperação entre os jovens europeus através de políticas de juventude, de trabalho e de educação não formal e aprendizagem”

As Prioridades para a juventude do Conselho da Europa passam por quatro projectos ligados ao tema e ao diálogo intercultural. Neste documento apresentamos os projectos, dando a conhecer os pontos prioritários em forma de tópicos.

Projecto nº 1
Direitos Humanos e democracia: política de juventude e trabalho com jovens na promoção dos valores fundamentais do Concelho da Europa
1.1.  Educação em direitos humanos para, e com, crianças e jovens
1.2. A participação dos jovens na cidadania democrática e para o desenvolvimento do trabalho e das organizações juvenis
1.3. Promover a igualdade de género através da política de juventude e trabalho com jovens
1.4. Reforçar o papel das organizações da juventude no meio ambiente e questões de desenvolvimento sustentável

Projecto nº 2:
Viver juntos em diversas sociedades: a política de juventude e trabalho com jovens da promoção do diálogo intercultural
2.1. Juventude intercultural num ambiente multicultural
2.2. Promover respostas ao racismo, violência, intolerância e discriminação
2.3. Trabalho juvenil para a construção da paz, prevenção de conflitos e transformação
2.4. Promover a solidariedade global e de cooperação

Projecto nº 3:
A inclusão social dos jovens
3.1. Respostas à exclusão e marginalização dos jovens e medidas para facilitar o seu acesso aos direitos sociais
3.2. Educação não formal como um meio de facilitar a inclusão social dos jovens
3.3. Referenciando a inclusão social dos jovens migrantes, os refugiados, requerentes de asilo e pessoas deslocadas internamente
3.4. O papel da juventude no trabalho e na política para a promoção do diálogo internacional e solidariedade
3.5. Participação regular dos jovens com necessidades especiais em actividades europeias da juventude

Projecto nº 4:
Política de abordagens e instrumentos que beneficiem os jovens e as crianças
4.1. Suportar políticas de desenvolvimento para crianças e jovens a nível nacional, nomeadamente através da análise das políticas e missões de assessoria
4.2. Reforçar a cooperação internacional no domínio das políticas para as crianças e para a juventude.
4.3. Promover a mobilidade dos jovens.
4.4. Dar aconselhamento e informação aos jovens.
4.5. Promover a cooperação no domínio da investigação dos jovens e crianças.

A partir destes projectos o Conselho da Europa espera conseguir consciencializar jovens e crianças para a temática dos direitos humanos. Espera também que a mobilidade geográfica por parte dos jovens aumente de forma a interagirem entre si nas diferentes sociedades e tenham uma mente mais aberta sobre as diferentes culturas.
O trabalho desenvolvido pelo Conselho da Europa, aumenta o diálogo entre os jovens de forma a incluí-los nas políticas e nas tomadas de decisão sobre as mesmas. 

Qual a pertinência destes projectos como prioridades para a juventude?
Grupo De GASPERI